A SOCIEDADE moçambicana já sabe tudo sobre a Renamo e o seu presidente, seus objectivos e o que pretende alcançar com as exigências que tem feito no Centro de Conferências Joaquim Chissano.
O Governo, felizmente, tem sabido dar respostas que vão ao encontro das aspirações do povo moçambicano: paz e desenvolvimento do país.
Todos sabemos que Moçambique é um Estado de Direito. Inquieta-me bastante o facto de um cidadão que se chama Afonso Dhlakama assumir compromissos com os presidentes da República e não os honrar, agindo e dizendo tudo o que lhe apetece, com o agravante de ameaçar o povo moçambicano de urdir nova guerra caso as suas pretensões não sejam atendidas, sem que nada lhe aconteça.
Viola as leis, mantém homens armados sob o seu comando que se movimentam por quase todo o país ameaçando as populações indefesas ou roubando os seus parcos bens, mas os guardiões e defensores da legalidade nada fazem para colocarem termo a estes desmandos que já atingiram a fase de saturação no que tange a paciência de todos nós.
Não pretendo incitar a violência para quem quer que seja, mas alguém brincar com altas figuras da nação e o seu povo só porque defende interesses obscuros e não confessos, não deve continuar impune.
Inquieta-me o facto deste partido Renamo ser insensível ao sofrimento de seus semelhantes e não dar importância aos gastos do erário público que são efectuados para a manutenção das equipas de observadores militares internacionais que aguardam pacientemente pelo cumprimento da sua missão.
A paz é necessária para todos nós, mas não podemos continuar reféns de alguém que, dependendo da sua disposição nesse dia, cria intranquilidade geral sem observância das regras mais elementares da convivência humana ou da vida em sociedade civilizada dos nossos tempos.
O jogo democrático tem regras que devem ser cumpridas por todos que voluntariamente se inscrevem para nele participar e estas não podem ser alteradas por vontade de quem quer que seja, só porque o resultado o desfavorece.
Neste jogo democrático o partido que se servir de armas de fogo ou de guerra para impor os seus desejos é considerado caduco e deve ser penalizado com todas as consequências daí resultantes, desafio que é posto aos órgãos competentes.
Vamos deixar de confortar a Renamo só porque tememos a guerra. Algo deve ser feito com urgência para que este partido entregue ao Governo todas as armas em seu poder.
Tenho dito, e muito obrigado!
Dhlakama defende interesses obscuros.
sábado, abril 25
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